31 outubro 2006

Pensamentos sobre Religião

A primeira coisa que fiz ao iniciar a criação de Arcana foi criar uma mitologia mais ou menos complexa com 36 deuses. Neste momento estão prontos a jogar mas tenho uma outra ideia, um pouco diferente, que gostaria de expôr e ouvir o que pensam.

Essa ideia é a seguinte; desaparecer com os deuses!
Sim, tive o trabalho de os criar mas como tudo em D&D, podem ser reaproveitados...
Ou seja, a divindade está presente no mundo ou melhor ainda é o mundo. O "planeta" Arcana seria como uma personificação multi-divina.
Cada raça/civilização/etc encararia o que o rodeia como o divino, por exemplo os elfos veriam a sua floresta, Närié, com um deus/deusa, os anões a sua montanha, os meio-elfos o mar, etc.

O que diferenciaria na vida terrena os vários"deuses" seriam sim inúmeras instituições religiosas que encorporariam os aspectos que consideram divinos (com aspectos leiam-se Domains).
As implicações práticas disto é que quem fizesse um clérigo poderia escolher quaisquer domains como sendo a sua "divindade" e poderia, ou não, pertencer a qualquer instituição religiosa que englobasse esses dois domains.

Confuso? Ideia megalomana?

:)

11 Comments:

At quarta-feira, novembro 01, 2006, Blogger Nazgul said...

Oi!

Belo post, com excelentes ideias! Ainda não tinha pensado na inserção dos dragões em Arcana. Me likes!
:)

Quanto aos deuses, a ideia é que simplesmente não existirem deuses, uma vez que a ideia do mundo é ser diferente em tantos quantos aspectos puder.
O conceito de divino ou divindade está assim associado a ideias/forças/princípios/etc. que os mortais encaram como divino e de onde os que têm uma fé inabalavel nesses principios retiram poder (spells, turning, etc.)
Assim um jogador que faça um clérigo, se o quiser, poderá fazer em conjunto com o DM, a instituição(vamos começar a chamar-lhes ordens)a que pertence, participando assim mais activamente no crescimento e definição do mundo através das suas personagens.

Que tal?

 
At quinta-feira, novembro 02, 2006, Blogger Nazgul said...

Obviamente!! Já estás a entrar no espírito do mundo!!!A ideia principal é que os jogadores, com as suas personagens, possam moldar o desenvolvimento de Arcana.
Por exemplo um jogador cria a Ordem da Luz Suprema, dedicada a espalhar a bondade e a ajuda, joga e a sua personagem retira-se, morre, whatever... A próxima campanha decorre por exemplo 20 anos depois da fundação da Ordem e nessa altura o jogador, já com outra personagem, ouve falar que a Ordem de Luz Suprema tem uma guerra interna pela liderança ou que conseguiu estabilizar/desenvolver uma região, etc. As possibilidades são infinitas!!
Ainda não me decidi como vou inserir os dragões em Arcana. Se vão ser comuns, incomuns, raros, respeitados, temidos, etc...

:)

 
At segunda-feira, novembro 06, 2006, Anonymous Anónimo said...

Dragões é no Porto... Em Arcana existem é Crocodilos voadores...

 
At segunda-feira, novembro 06, 2006, Blogger Nazgul said...

>>Dragões é no Porto... Em Arcana existem é Crocodilos voadores...

Bocas anónimas deste tipo só podem ser do chefe dos halflings...

:P

 
At terça-feira, novembro 07, 2006, Blogger Nazgul said...

jbento: podes dar-me o teu mail? Para te registar no blog.

 
At terça-feira, novembro 07, 2006, Blogger Nazgul said...

Vamos lá então tentar organizar as ideias relativas à religião.

Em Arcana não há deuses, pelo menos deuses como há em todos os outros mundos. Em Arcana, os mortais adoram e criam o culto da divindade relativamente a ideias, forças, sentimentos ou príncipios (vamos passar a chamar-lhes dominios). Podemos encontrar, por exemplo entre os elfos, adoradores dos animais, das plantas ou mesmo da própria floresta como divindades, ou entre os anões, adoradores do fogo, do comércio ou da própria montanha, etc.
Deste modo os utilizadores de magia divina retiram o seu poder e fé destes dominios e não de deuses. Como se organizam então os seguidores destas divindades?
Bem, eles criam ordens religiosas que obedecem a uma combinação de dominios e encaram-nas como uma divindade colectiva. Nos últimos 200 anos, estas divindades colectivas começaram a tomar forma fisica, nos sonhos e visões dos seus seguidores. Muitos assumiram que a sua fé criou e moldou divindades verdadeiras, mas se isto e verdade ou não ninguém o sabe...

Implicações práticas de jogo: Um clérigo vai ter duas opções. A mais simples e cómoda é criar um clérigo de uma ordem já existente e utilizar os domínios que essa ordem permite (isto é o standard do d&d com uma aproximação diferente) a outra opção é o clérigo escolher livremente os dominios que quer e tentar por si espalhar essa fé aos outros, podendo criar uma ordem se conseguir juntar fieis suficientes. De notar que para se criar uma ordem são necessários no minimo 5 dominios (número a estudar ainda)daí que um clérigo por si ou acompanhado por outros com exactamente os mesmo dominios não consiga criar uma ordem , para isso é necessário pelo menos mais dois clérigos com dominios diferentes. Um culto ou seita pode ser criado com apenas dois dominios.

Um exemplo prático: Abathor um clérigo dos dominios Fogo e Metal pretende criar uma nova ordem. Os seus dois grandes amigos, Rialtus e Graveson, também clérigos, têm como dominios Criação e Cura, Bondade e Fogo respectivamente. Após muitas histórias juntos e com muitas ideias em comum eles resolvem criar a ordem de Valxxor, Mestre do Fogo que Cura, A Armadura da Bondade, o Fogo da Criação que tem como dominios Fogo, Metal, Criação, Cura e Bondade. A partir deste momento os clérigos de Valxxor têm que escolher dois destes 5 dominios como so seus dominios.

Comentários?

 
At quarta-feira, novembro 08, 2006, Blogger Nazgul said...

Sim. Mas tens que te registar. Já te adicionei, só tens que confirmar.

 
At quarta-feira, novembro 08, 2006, Blogger Nazgul said...

>>Adiciona o Leadership feat como prerequisito adicional. Se vires no DMGII, eles dão mecânicas para criar facções uqer religiosas, políticas, mercantis ou o que quer que seja. Cinco domains parece-me bom, tornando muito difícil (mas possível) que um único cleric crie uma religião

A ideia será exactamente esta. :)

 
At quinta-feira, novembro 09, 2006, Blogger Nazgul said...

Oi!

A ideia não é mudar a religião em si mas como ela interage com o mundo e com os mortais. Não sendo a minha intenção a ideia do um só deus pode até resultar muito bem, pensa assim;
No seu trono divino senta-se Erath o Uno, senhor de toda a existência. Erath olha para as patéticas criaturas que lhe fazem preces e pedem magia com total desprezo e distanciamento, no entanto diverte-o vê-los em constantes conflitos e para alimentar esta chama ele concede aos suplicantes tudo o que lhe pedem.

Aí tens, um deus único que concede aos seus clérigos os domains que eles bem entenderem e que permite façam o que lhes der na real gana!Diferente não?

;)

 
At sexta-feira, novembro 10, 2006, Blogger Nazgul said...

>>...que é a altura em que eu jogo com um Ur-Priest só para ter o prazer de roubar feitiços a deus. MWAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH. AH.

O que diverte Erath ainda mais...

;)

 
At terça-feira, novembro 14, 2006, Blogger Nazgul said...

Penso em usar o standard inicialmente, com possiveis acrescentos/modificações conforme as coisas vão evoluindo.

 

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